Reza a lenda que num dia frio e chuvoso de inverno, Martinho, um soldado romano, seguia montado no seu cavalo quando encontrou um mendigo pelo caminho a tremer de frio. Martinho, conhecido por ser bastante generoso, pegou na espada e cortou a sua capa ao meio cobrindo o mendigo com uma das partes. Continuou o seu caminho e mais à frente encontrou outro mendigo a tremer de frio, e sem nada mais para lhe dar, ofereceu-lhe a outra metade da sua capa para este se cobrir. Martinho continuou o seu caminho sem capa, ao frio e ao vento quando, por milagre, as nuvens desapareceram, o céu abriu e o sol surgiu. Este bom tempo prolongou-se por três dias. Normalmente, por volta da mesma altura o tempo fica ensolarado, o que é conhecido como “o verão de São Martinho”.
Devido a esta lenda festejamos o Dia de São Martinho a 11 de novembro por toda a Europa. Em Portugal é tradição juntar a família e fazer um Magusto, assando castanhas, bebendo água-pé e jeropiga. Também faz parte da tradição provar o novo vinho produzido com a colheita do verão anterior, daí o ditado “no dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho”.
A ligação entre as castanhas e o São Martinho vem da tradição do Magusto de Todos os Santos. Era habitual, em novembro, assar castanhas na fogueira e preparar grandes mesas de comida, para que os espíritos das famílias aparecessem e se sentissem aconchegados.
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